No último fim de semana, entre os dias 03 e 04 de novembro (sábado e domingo) mais de 4,17 milhões de candidatos, entre os 5,7 milhões de inscritos, compareceram nos dois dias de provas do Enem 2012, ocorrendo em 15.076 mil locais espalhados por 1.615 mil cidades do país.
A queixa da vez foi um boato promovido por um desocupado através das redes sociais, comentando que o exame estaria cancelado, deixando em dúvida milhares de estudantes horas antes da prova. Na manhã de sábado (03 de novembro) a
hashtag #Enem2012cancelado ficou entre os tópicos mais comentados no Twitter. Contudo, em uma tentativa de conter a falsa ação, o
MEC (Ministério da Educação e Cultura) afirmou através das redes sociais, telejornais e programas de rádio que a execução do exame estaria confirmada, derrubando as falsas informações compartilhadas na rede.
Até o fim do dia (sábado) em uma ação de rastreamento, a Polícia Federal identificou a autor da falsa notícia, originando a hashtag. Segundo o orgão, o acusado é conhecido na rede pelo perfil Chora Minha Nega (
@gui_pangua), identificado como Guilherme Panguá. Em contrapartida a acusação, o rapaz soltou a seguinte frase “
Posso processar o mec por me responsabilizar por uma coisa q nem fui eu q comecei ??? (sic)”, tentando ficar isento do caso, acrescentando ainda que apesar de ter citado a hashtag em seu perfil, a mesma foi iniciada ainda na madrugada de sábado, por outros usuários, sendo que ele apenas replicou a informação.
Em defesa a Guilherme, alguns usuários do Twitter tentaram relutar quanto a acusação, usando agora a hashtag #GuiPanguaInocente. Ao mesmo tempo, outros criticaram o acusado por causar pânico, além da tentativa de prejudicar os estudantes inscritos no exame. Segundo fontes, confirmando a acusação contra Guilherme, ele deverá prestar contas com as autoridades envolvidas.
Além do caso relatado acima, cerca de 65 candidatos (37 no sábado e 28 no domingo) sofreram com a anulação dos seus exames, devido a acusação de registrar fotos durante o momento das provas, principalmente por publicar as imagens no Facebook e Instagram. A regra era extremamente clara, excluíndo o uso de qualquer dispositivo eletrônico durante as avaliações, sendo que os participantes receberam embalagens nas quais os pertences do gênero deveriam ser guardados, permanecendo abaixo da mesa até o fim das provas. No decorrer das atividades, durante os dois dias, o
Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas) contou com uma equipe de 15 funcionários monitorando as redes sociais, analisando as postagens em torno do concurso. E segundo o MEC, os trabalhos ainda continuam, sendo que caso alguma imagem que esteja contra o regulamento seja encontrada, o canditado que publicou ainda poderá ser punido.
Apesar dos pesares, o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou que o Enem ocorreu sem falhas graves, ressaltando as complexas operações de logística em torno do concurso, a qual envolveu o trabalho de 566.617 colaboradores.