sábado, 25 de maio de 2024

Qual a diferença entre inteligência artificial e sistema computadorizado?

Dias atrás, meu pai me fez a pergunta que intitula essa postagem. E ele complementou questionando: "Existe mesmo diferença?". Eu respondi: "Sim, existe!". E comecei a explicar que um sistema computadorizado – como o nome já diz – é uma estrutura que roda dentro do computador, armazenando dados e permitindo que as informações sejam resgatadas e aceitem operações, que quando executadas, oferecem algum benefício ao usuário. Segui explicando – e diferenciando – que a inteligência artificial (IA)  busca "imitar" a cognição humana, e com isso, cria situações em que as pessoas podem interagir no computador como se estivessem trocando informações com outro indivíduo.

Meu pai trabalhou a vida toda no ramo automotivo. Ele ficou quase 40 anos em uma concessionária da marca Fiat. Por isso, muitas vezes, nossas conversas acabam sendo direcionadas para exemplos envolvendo esta época. Sendo assim, após a minha breve explicação, ele perguntou se o Fiatnet – o software que ele conheceu e trabalhou na época da concessionária, que fazia toda a gestão de vendas, pós-vendas, atendimento ao cliente, estoque de peças e administração – seria uma IA ou um sistema computadorizado.

Exemplo de Sistema Computadorizado

Eu disse que o Fiatnet seria um sistema computadorizado. Afinal, toda a vez que se desejava saber sobre o histórico de um veículo, como por exemplo – dados do proprietário, data da compra, última quilometragem registrada, revisões realizadas e próximas –, bastava fazer uma pesquisa no computador, utilizando dados como chassi ou placa. Comentei que todas essas informações estavam guardadas em um banco de dados e que as operações – no caso do exemplo, uma consulta – eram feitas a partir de um estímulo inicial (a entrada de um dado), seguido da navegação em telas, botões, campos e formulários do sistema.

Sistema computadorizado

Dito isso, meu pai lembrou que no passado, as informações eram armazenadas em fichas de papel e sempre que se desejava realizar uma pesquisa como a que comentei, era necessário se deslocar até um arquivo físico e buscar a pasta com os dados do cliente e seu veículo. Portanto, vi que ficou clara a ideia do sistema computadorizado, já que ele percebeu que antes do computador, as informações eram guardadas em documentos físicos, e que mais tarde, com o uso da máquina, os dados passaram a ser acessados digitalmente, por meio de um sistema computadorizado.

Exemplo de Inteligência Artificial

Por fim, meu pai perguntou: "E se o Fiatnet fosse uma IA, como seria?". Eu respondi que poderia funcionar da seguinte forma: "Ao invés de haver um formulário com um campo específico para inserir os dados do veículo – seguido de um botão de pesquisa –, poderia existir uma caixa de texto onde coloquialmente poderíamos escrever uma pergunta, relatando que gostaríamos de saber sobre o veículo com determinada placa ou chassi. A partir disso, receberíamos como resposta as informações desejadas, como se estivéssemos conversando com o computador.". Arrisquei a comentar que no exemplo citado, é como se a IA fosse um funcionário da empresa que tivesse todo o conhecimento necessário para o negócio funcionar. Desta forma, bastaria chegar até ele e fazer a pergunta certa para receber a resposta que precisássemos naquele momento.

Inteligência Artificial

IA vs. Sistema Computadorizado

Notavelmente satisfeito com a conversa, meu pai disse: "Então é mais fácil utilizar a inteligência artificial do que um sistema computadorizado!". Claramente concordei com a afirmação dele e complementei: "Um sistema computadorizado necessita que comandos sejam explicita e objetivamente inseridos para que a informação desejada seja extraída. E mesmo assim, algum esforço talvez tenha que ser feito pelo usuário, como sumarizar os dados obtidos a fim de encontrar de fato a resposta desejada.". E segui dizendo: "Já a inteligência artificial, funciona como se fosse uma pessoa – conhecedora de todas os dados e informações que desejamos obter – e para receber uma resposta, basta que façamos uma pergunta como se estivéssemos tendo uma conversa casual.".

Considerações

O objetivo dessa postagem não é uma análise aprofundada das tecnologias citadas, mas sim, uma forma simples e objetiva para diferenciá-las. Certamente a inteligência artificial não anula a necessidade de um sistema computadorizado e não cabe discutir isso aqui. Até porque, se a gente parar e analisar, não existiria IA sem um sistema computadorizado por trás. Mas isso é papo para outro momento, quem sabe. Entretanto, é importante lembrar que a capacidade e os cenários de atuação da IA vão muito além dos exemplos que mencionei ao longo do texto.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Dicas para projetar sistemas seguros

Achei bacana compartilhar e deixar registrado por aqui.

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Postado originalmente em The Cyber Security Hub (via LinkedIn)

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Sites para combater a desinformação

É muito triste tudo o que está acontecendo aqui no Rio Grande do Sul em virtude das enchentes decorrentes das fortes chuvas. O cenário é devastador. E com isso, muitas notícias estão surgindo a cada instante. Afinal, o cenário é de muita apreensão e incerteza.

True or False

E como se não bastasse toda a dor e sofrimento que o povo gaúcho está sentindo, infelizmente a desinformação e as fake news estão frequentes. Portanto, a seguir replico uma seleção de sites que podem apoiar no combate a desinformação, funcionando como mecanismos de consulta para desmentir ou confirmar o que se está falando por aí.

Além destes sites, vale lembrar que caso seja identificado uma notícia falsa e se deseje reportar, existe uma canal do governo que pode orientar sobre como prosseguir:

https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/como-denunciar-fake-news-1

Referência: Cartilha de Combate a Desinformação | Service IT

sábado, 11 de maio de 2024

ServiceNow em Desenhos

Para quem não sabe, sou instrutor de uma plataforma para automação de fluxos de trabalho chamada ServiceNow. Venho atuando nesta função há 2 anos e meio e neste período, já devo ter capacitado entre 700 a 800 pessoas.

Ao longo das minhas aulas, além de utilizar o material didático que preparamos, costumo também mostrar alguns desenhos, a fim de deixar a abordagem mais lúdica e sair um pouco do PPT/PDF. Normalmente utilizo estas ilustrações para revisar os conteúdos e reforçar o entendimento geral dos temas. A grande maioria deste materiais, eu faço antes das aulas e na hora somente mostro ao pessoal, eventualmente fazendo alguns rabiscos por cima. Se não fosse assim, eu perderia muito tempo desenhando, além de ter que refazer a "arte" a cada nova turma do mesmo curso.

Normalmente eu compartilho os desenhos com os participantes ao fim dos treinamentos. Entretanto, resolvi criar este post para deixá-los aqui também, para que se mais alguém tiver interesse, também possa coletá-los e utilizá-los nos seus estudos. Por sinal, além dos desenhos que eu utilizo nas aulas, também estou publicando aqui – em primeira mão – os que eu faço para estudo próprio em relação ao ServiceNow, seus produtos e aplicações.

Tentei organizar as imagens por assunto. Por exemplo, as que tratam de escopo de aplicação, seguem uma na sequência da outra, assim como, as que tratam de controle de acessos. Caso eu faça alguma atualização ou crie algo novo, farei o upload da nova versão e mencionarei no fim da postagem o que mudou.

Arquitetura

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Tabelas, Navegação e Interfaces

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Herança entre Tabelas

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Escopo de Aplicação

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Aplicação Escopada

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Construção de aplicação customizada

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App Engine Management Center

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Usuários, grupos e roles

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Autenticação e Gestão de Acessos

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Analogia de ACLs com prédio e salas

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ACLs: ".none, ".*" e ".field"

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Importação de Dados

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Definição de fluxo de trabalho

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Catálogo, Categoria e Item

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Catalog Builder, Service Catalog e SP

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Integrações

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Performance Analytics

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Customer Service Management (CSM)

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Security Operations

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Robotic Process Automation (RPA)

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Por enquanto é isso. Espero que de alguma forma você aproveite este conteúdo!

🧑🏽‍💻✌️

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Do operário ao executivo: Todos usam Whatsapp

Somente no Brasil são 147 milhões de pessoas que utilizam o Whatsapp. Isso corresponde a mais de 96% dos usuários de internet no território brasileiro e faz com que nosso país seja o segundo colocado no ranking de uso do aplicativo, perdendo apenas para os indianos, que somam 390 milhões de usuários.

Usuários ativos mensais no Whatsapp

Há 15 anos – quando o Whatsapp surgiu – claramente nesta época e em alguns anos seguintes, até a sua popularização – as pessoas utilizavam outros meios para se comunicar. Posso dizer que tratando-se de mensagens de texto – via celular – as opções basicamente se limitavam ao SMS, quando a quantidade de torpedos, algumas vezes dependia do pacote contratado com a operadora. 

Pessoas com mais poder aquisitivo – executivos, por exemplo –, poderiam utilizar o BBM, um software de mensagens exclusivo para donos de Blackberry. Nesta época também já existia o iPhone, que tinha acesso a internet, mas acabava sendo uma realidade para poucos. Além disso, havia outros smartphones mais primitivos, porém, muito restritivos em termos de instalação de aplicativos e navegação.

Para enviar áudio, utilizando SMS não era possível. Em compensação, existia o Nextel, que funcionava como se fosse um walkie-talkie de longo alcance. Lembro de ser bastante comum ver muitas pessoas caminhando pela rua enquanto falavam nos seus radinhos em formato de telefone celular.

Bom, os anos se passaram e o resto é história. A popularização dos smartphones aconteceu, os planos de internet ficaram mais acessíveis e como percebemos no gráfico acima, praticamente todo cidadão com acesso à internet no Brasil utiliza Whatsapp. Não existe divisão, círculo social ou poder aquisitivo. É do operário até o executivo. Todos mandam áudio ou Whatsapp, trocam mensagens e fazem videochamadas. Por sinal, este último recurso, anos atrás, creio que muita gente nem imaginava que seria possível fora do computador – pois a tecnologia não estava pronta e não havia estímulo social para isso –, tanto que nem mesmo os primeiros iPhones tinham câmera frontal.

Hoje vivemos uma mistura de convergência com adesão tecnológica nunca vista antes. É maravilhoso e estranho ao mesmo tempo. Mas enfim, o passado evoluiu e é isso o que o presente nos mostra. Vamos aguardar os próximos 15 anos e ver se ainda seguiremos utilizando o Whatsapp como principal meio de comunicação ou se alguma outra tecnologia irá desbancá-lo, que como vimos, é algo comum na história.