sábado, 27 de março de 2021

Quando o óbvio não é tão óbvio

"Pra quê complicar?" Certamente você já ouviu essa frase alguma vez na sua vida. Ou no mínimo algo parecido com isso, não é mesmo?

Bom, as pessoas são complicadas. Tudo começa no corpo humano, uma máquina minuciosa, estruturada e complexa, gerenciada por um órgão que também carrega um misto de complicação. O cérebro é a nossa CPU, formado por uma arquitetura minimalista, repleta de filamentos que se conectam e conduzem impulsos para controlar todas as operações que compõem o sistema nervoso central. Nada simples até aqui.

Não é por nada, que está na natureza humana, empregar um grau de complexidade em coisas que na realidade poderiam ser bem mais fáceis. Por vezes, ignoramos o óbvio para seguir padrões de concepção difíceis e complicados.

Leonard, Howard, Raj e Sheldon, quatro cientistas renomados da série The Big Bang Theory, ajudando a vizinha Penny na montagem de um rack pra sua sala.

Entretanto, apesar de todo o melindre que pode se esperar de um indivíduo, é comprovado que a idealização de algo novo, seja ele formado por uma marca, produto ou serviço, deve possuir os argumentos certos para que seja de fácil entendimento pra qualquer um. Caso contrário, por mais que o conteúdo faça sentido, se não apresentado de uma forma simples, direta e eficaz, provavelmente estará fadado ao fracasso, pois o público não entenderá as intenções desejadas naquela iniciativa.

O óbvio pode parecer banal, comum demais, que não chama a atenção, mas possui um alto grau de compreensão pela sociedade. Ele é capaz de prender a atenção das pessoas, e com isso, conquistar a sua confiança e aceitação.

Mas de onde surgiu esse assunto?

Já faz algum tempo que eu estava de olho na leitura de Adams Óbvio, um livrinho que foi publicado pela primeira vez em 1916, em um periódico chamado The Saturday Evening Post. Seu autor, Robert Updegraff, retratou em formato de conto, uma história que é lembrada até hoje no mundo corporativo, servindo de referência e aprendizado para que muitos profissionais apliquem nos seus negócios.

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Adams Óbvio: Como obter sucesso incomum na vida profissional | ao lado do E-book estão algumas reflexões propostas pela própria editora, que detém os direitos da edição.

Hoje, então, finalmente entrei na Amazon e adquiri um exemplar. Pouco mais de R$ 12 reais por uma leitura leve e rápida. Recomendo muito! Quanto a narrativa, pra quem se interessou e ainda não leu, não vou dar spoiler, mas sobre as lições que ela expressa, bom, aí acho que essa postagem já fala por si.

segunda-feira, 22 de março de 2021

Há vagas, mas onde estão os candidatos?

Diariamente acesso o LinkedIn e me deparo com uma enxurrada de vagas. Apesar de todos os males que a pandemia trouxe para muitos empreendedores, grandes empresas continuam em constante expansão, e com isso, seguem também ampliando o seu quadro de funcionários. 

Vejo isso especialmente na área de TI, onde a demanda por profissionais qualificados é constante. Um fator que tem colaborado para que tanto os recrutadores quanto os candidatos possam ampliar seus limites de busca, é a possibilidade de atuar 100% home office. Muitas companhias adotaram este regime desde o início da COVID-19 e continuam oferecendo como uma nova modalidade de contratação.

Entretanto, mesmo com a oferta de oportunidades e a flexibilização quanto a localização, parece que há uma certa dificuldade para que as organizações encontrem os indivíduos com as características desejadas para ocupar as posições oferecidas. Não é por menos que hoje, o CEO da empresa onde eu trabalho, postou na página dele no próprio LinkedIn, uma matéria publicada pelo Valor Econômico, que relata exatamente este tema, o que me motivou a chamar atenção para isso por meio desta postagem aqui no blog.

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Estudo conduzido pela Randstad, revela que no Brasil, 58% dos líderes de RH se queixam da falta de candidatos enquanto que no mundo este índice é de 40%. (Imagem/Reprodução: Valor Econômico)

Quando se fala apenas na TI, 42% dos líderes de RH brasileiros indicam falta de mão de obra qualificada. Na tentativa de sair deste patamar, investimentos em ferramentas que prometem apoiar no mapeamento de talentos, além de iniciativas para qualificação e retenção dos colaboradores internos estão sendo postas em prática.
 
Os indicadores mostram que a valorização de profissionais experientes foi destacada durante a pandemia. Certamente funcionários que conhecem o modus operandi das organizações em que atuam, assumem um grau de confiança que promove mais segurança na tomada de decisão, o que colabora para a resiliência de muitos negócios em períodos de crise.

Se ficou interessado e deseja ler a publicação do Valor na íntegra, eu salvei ela, então clica aqui pra acessar.

E o que pensar disso tudo?

Em linhas gerais, o grande ponto é que se você sabe qual caminho deseja seguir no seu ramo de atuação, no intuito de especializar-se em uma determinada disciplina, oportunidades não faltarão para conquistar uma boa posição no mercado. E novamente, falando da TI, eu diria que as áreas que estão mais em alta, baseado no que tenho visto, são desenvolvimento, como sempre, (front-end, back-end ou full stack), cyber segurança, big data, especialistas em IA, arquiteto de soluções em nuvem e DevOps.

domingo, 14 de março de 2021

Como copiar arquivos entre dois PCs

  1. Clique com botão direito > Copiar,
  2. Desconecte o mouse e conecte no outro PC.
  3. Clique com botão direito > Colar.
  4. Pronto!

👌😆

Sem permissão para desligar o computador

😆😅

Monstro ou Nomstro?

"Cheguei cedo no trabalho e troquei o N pelo M no maior número de teclados que consegui. Alguns dirão que sou um 'monstro', mas outros dirão 'nomstro'."
 

E se fosse o Dinofauro, diria 'nomffro'.

😂😂😂

quarta-feira, 10 de março de 2021

Fui ressarcido pelo CEF mas foi custoso

Em out/2020, postei aqui meu relato e indignação contra a Caixa Econômica Federal, em virtude de ter descoberto que fui uma entre às inúmeras vítimas de fraude no Caixa Tem. O valor de R$ 1.025,28 foi saqueado da minha conta pelo aplicativo. Na postagem, comentei que no dia 17/10/2020 havia registrado um protocolo junto a CEF para contestar o saque indevido. A informação que eu tinha é que dentro de 30 dias, eu deveria receber um posicionamento. E acha que eu recebi?

O tempo passou e nunca chegou uma devolutiva da CEF. O dia a dia é tão corrido, que acabei não conseguindo buscar informações tão cedo, até que no mês passado, em um dia de folga do trabalho, fui à agência aqui da minha cidade, a mesma onde registrei a contestação. 

Chegando lá, a mesma sabatina da outra vez: passei por quatro pessoas diferentes até encontrar quem deveria. Descobri que existem apenas dois profissionais nessa filial que sabem tratar este tipo de pedido. O controle de atendimento por senha que eles usam é confuso, tanto que até chegar nos atendentes responsáveis, assim como da outra vez, a senha não é mais necessária. Precisei ficar esperando-os se "liberarem" pra me manifestar e avisar que eu estava aguardando pela atenção deles.

Quando finalmente sentei em frente a um destes funcionários, fui informado que constava no sistema a aceitação do meu requerimento, apesar de não ter recebido o retorno como prometido há 3 meses atrás. O agente comentou que naquele mesmo dia ainda, eu teria o valor devolvido no Caixa Tem.

Agência da CEF em Sapiranga/RS (Imagem: Jornal Repercussão)

Saí relativamente satisfeito. Entretanto, depois de algumas horas, a pessoa que me atendeu, entrou em contato comigo via telefone e me informou que o dinheiro não entraria mais naquele dia, mas em até 2 dias. OK, agradeci e disse que esperaria. Passaram-se os dias, consultei meu saldo, e nada.

Certamente eu teria que voltar até a CEF e mais uma vez passar pela peregrinação antes de ser atendido. Só assim conseguiria verificar o que ocorreu. No entanto, minha noiva conseguiu o contato do gerente-geral da agência que eu fui. Falamos com ele e fomos informados que estava pendente uma aprovação para eu receber meu dinheiro, por isso, a devolução não ocorreu. Realizada a autorização faltante, ele informou que em 2 dias eu teria o valor.

Passaram-se os dois dias e nada aconteceu. Na semana passada, falamos com ele novamente, e parece que ainda havia uma liberação pendente. Ele tratou e afirmou que em 3 dias eu seria reembolsado. Finalmente e surpreendentemente, dessa vez deu certo. Eu recebi meus R$ 1.024,28 disponíveis.

Como o próprio gerente comentou em um dos áudios que enviou pra @bibspotter, é a "burocracia da burocracia". E eu adicionaria a isso, processos mal desenhados, ausência de gestão da informação e conhecimento, recursos tecnológicos pouco eficientes, e além disso, pessoas pouco comprometidas em resolver os problemas alheios. Se não fosse com um escalation, é bem possível que eu ainda estaria aguardando um retorno que certamente não viria com facilidade. Gostaria muito que tudo tivesse funcionado organicamente, da maneira como deveria. Pegamos um "atalho"e não me orgulho disso, mas se não fosse este caminho alternativo, sabe-se lá quando eu veria a cor dessa grana.

quarta-feira, 3 de março de 2021

Machine Learning para detecção de doenças assim como o nariz dos cachorros

Estudos apontam que com treino, cachorros são capazes de detectar diversas doenças, utilizando seu aguçado olfato em amostras de urina dos pacientes. Essa tese já foi confirmada na identificação de tipos de câncer, como pulmão, mama, ovário, bexiga e próstata. Neste último, a taxa de acerto é de 99%. Além disso, também há indícios onde o faro dos caninos detectou até mesmo a presença de COVID-19 no material farejado.

Imagem: Medical Detection Dog

Segundo Andreas Mershin, pesquisador do MIT envolvido nos experimentos, nos últimos 15 anos, os cachorros têm se mostrado o método mais preciso para identificação de doenças. O cientista considera que o desempenho dos cães em testes controlados, em alguns casos, excedeu os resultados dos melhores e mais avançados exames laboratoriais, reconhecendo gêneros de câncer antes de qualquer outra tecnologia. Mershin acredita que a partir de uma variação, os animais são capazes de identificar outras, mesmo que não exista nenhuma característica em comum entre uma análise e outra.

Apesar da sua eficiência, treinar os animais para que se tornem especialistas no discernimento de enfermidades, leva tempo, sem contar que a disponibilidade deles é limitada. Levando em conta essas questões, aliada a eficiência observada, Mershin e seu time vêm trabalhando em um sistema que consegue analisar amostras com um nível de sensibilidade ainda maior que dos cachorros. Conectado a isso, está um processo de aprendizado de máquina (machine-learning) capaz de identificar as diferentes características apresentadas nos fragmentos avaliados.

O dispositivo que embarca esta aplicação, é implementado com sensores que atuam como receptores olfativos de um mamífero. O fluxo de dados coletado por esses componentes, pode ser tratado e analisado em tempo real, através de algoritmos desenvolvidos por meio de aprendizado de máquina. Isso proporciona a identificação de doenças muito antes dos regimes típicos de triagem. Os cientistas acreditam que, em um futuro próximo, este sistema automatizado de reconhecimento de odores, será pequeno o suficiente para fazer parte do hardware de um smartphone, obtendo o potencial para tornar-se tão comum como a existência de câmeras ou conectividade bluetooth, por exemplo.

Imagem: news.mit.edu

Andreas Mershin e um dos "colegas de pesquisa" caninos

Em uma bateria de testes, a equipe de Mershin já chegou a avaliar 50 amostras, entre as quais, estavam urina extraída de pacientes diagnosticados com câncer de próstata, assim como materiais livres de doença. Foram utilizados no experimento, cães treinados pelo Medical Detection Dog no Reino Unido e o sistema automatizado de detecção. Parte do processo consistiu em aplicar um algoritmo de aprendizado de máquina, a fim de descobrir as semelhanças entre os elementos testados, o que levou o software, ao testar as mesmas amostras, a igualar a taxa de sucesso dos cachorros, fazendo com que ambos os métodos alcançassem mais de 70% de assertividade.

Por meio de testes controlados exigidos pelo DARPA, Mershin indica, no que diz respeito a capacidade de identificar pequenos traços de moléculas, que o sistema é 200 vezes mais sensível que o nariz canino. Entretanto, quando trata-se de reconhecer essas partículas, é 100 vezes pior. Nessa etapa é que entra em ação a machine learning, no intuito de encontrar os padrões evasivos que os animais podem inferir do cheiro, mas os humanos não conseguem entender a partir de uma análise química.

Os avanços alcançados até aqui, afirmam os pesquisadores, oferecem uma base sólida para novas pesquisas no futuro, quem sabe com uma amostragem bem maior, o que potencializaria o desenvolvimento de uma tecnologia adequada para uso clínico.

Fonte: MIT News e SciTechDaily