terça-feira, 14 de setembro de 2021

Meu momento profissional e também de vida

No último dia 10, fez 2 meses que sai do meu antigo emprego. Depois de 7 anos e meio, tomei essa decisão. E não me arrependo. Também não me arrependo pelo tempo que fiquei na empresa, onde tive muita oportunidade de aprendizado e crescimento. Mas nos últimos meses, eu vinha sentindo que era hora de partir.

Tal como contei nesse post, na semana seguinte do meu desligamento, eu já estava com três propostas de trabalho. Modéstia à parte, todas eram bem tentadoras. Acabei ficando com a menos rentável, mas que de certa forma seria a realização de um grande sonho. Entretanto, ao iniciar na nova empreitada, eu senti que ainda não era hora. Não digo em relação ao sonho, porém, em voltar a trabalhar. E em poucos dias na nova rotina, acabei declinando. Não pelo lugar, nem pelas pessoas ou muito menos pelo trabalho, pois foi tudo o que eu sempre quis, mas por mim.

No início de julho, quando eu saí da antiga empresa, uma parte de mim dizia que eu deveria tirar um tempo para rever minhas prioridades profissionais, meu momento de carreira e avaliar o que realmente eu queria — pessoas que se preocupam comigo diziam o mesmo. Enquanto outra parte do meu interior falava que eu deveria apenas “trocar o problema” — se o problema era a empresa, que fosse para outro lugar sem “perder” tempo. 

Doubt Guy

Não quero ser mal interpretado ao dizer que minha escolha em trabalhar com redação de tecnologia foi uma simples “troca de problema”. Óbvio que não! Na verdade, eu não vi nenhuma das três oportunidades de tal maneira. O fato foi que eu me sabotei feio. Tentei pegar um atalho e seguir por um caminho mais rápido e não deu certo. Me senti mal, triste e angustiado. Tanto que ao dizer pra turma do Tecnoblog que eu não poderia continuar com eles, fui imediatamente procurar ajuda, — coisa que eu já deveria ter feito há muito tempo e não foi por falta de aviso. Reconheci que o papel de super-homem só existe na ficção.

E aqui estou. Crise dos 30? Talvez. Entretanto, tenho em mente que mais do que nunca, preciso encontrar o meu propósito. Pra isso, nas últimas semanas venho buscando muito repertório, pesquisando, estudando e aprendendo: acompanhei o Fabricio Carpinejar em uma jornada de autoconhecimento que ele chamou de "Escrever Cura"; fiz um curso de Comunicação e Oratória promovido pela Escola Conquer; participei de uma Certificação em Liderança, Capacidade de Aprender e Resiliência oferecida pela PUCRS; estive no The Developer's Conference (TDC) Transformation; acompanhei o Leandro Karnal e Mário Sérgio Cortella em suas conversas sobre Filosofia de Vida; E neste momento, enquanto escrevo essa postagem, estou no YouPix Summit. Além disso, também procuro fazer coisas que me agradam e me ajudam a relaxar, como assistir uma série bacaninha, desenhar coisas aleatórias e ler. 

Ainda não tenho certeza sobre qual caminho quero seguir. Como disse, estou em busca de um "porquê". Aliás, essa coisa do "porquê", encaro da forma que Simon Sinek provoca com o The Golden Circle. Conheci essa metodologia em uma palestra sobre carreira e mentoria no TDC, mediada pelo Bruno Souza, um cara que também produz um conteúdo bem interessante sobre motivação e propósito.

The Golden Circle

Pressupondo que o meu propósito não esteja tão longe de tudo com o que convivi e trabalhei até hoje, tento me manter atualizado sobre tecnologia — processos e ferramentas para gestão de serviços de TI —, inovação, transformação digital e produção de conteúdo pra web. Apesar de ter dado um passo atrás pra ter mais força de saltar à frente, não quero perder o timing destes temas. Por isso, sigo acompanhando os movimentos.

Acima de tudo, como diz a minha psicóloga, o que eu preciso fazer é pensar primeiro em mim, segundo em mim e terceiro em mim. E isso é o que eu tenho feito. Reconectar-se com o meu "eu interior" tem sido uma palavra de ordem na minha vida. Portanto, a cada evento que eu participo, cada leitura que eu faço, cada vídeo que eu assisto, cada material que eu consumo, tento refletir e extrair ao máximo algo que eu possa aproveitar e que me ajude a reconstruir meu momento profissional, e por que não, também de vida?

Aguarde os próximos capítulos dessa jornada, pois nem mesmo eu sei como eles serão.

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