domingo, 27 de julho de 2025

Como funcionam os pedágios para turistas no Uruguai?

Recentemente fiz uma viagem de carro para o Uruguai com meu irmão e minha esposa. Como estávamos em dúvida sobre o funcionamento dos pedágios no país vizinho, ainda no Brasil, pesquisamos e descobrimos que o pagamento dos pedágios é feito utilizando um aplicativo chamado Telepeaje. O turista pode baixar o aplicativo e utilizar uma opção chamada "Pase Turista". Alternativamente também é possível acessar o recurso diretamente pelo navegador de internet, acessando o endereço https://telepeaje.com.uy/paseturista

O cadastro no "Pase Turista" é rápido e requer informações como número do documento (ex. CPF ou passaporte) e a placa do veículo. Após submeter os dados, basta aguardar, pois um E-mail será enviado contendo os dados para acesso ao aplicativo (usuário e senha) – para autenticar e colocar crédito, depois que o período do "Pase Turista" estiver expirado. O "Pase Turista" permite a passagem por até 6 pedágios diferentes em um prazo de 24 horas sem a necessidade de ter crédito no aplicativo. O intuito é permitir que o viajante tenha tempo para realizar o pagamento dos débitos e fazer uma recarga após chegar no seu destino dentro do país.

Para baixar o aplicativo, basta pesquisar na App Store ou Google Play por "telepeaje uy"

IMPORTANTE: Se você estiver viajando no fim de semana e cadastrar o "Pase Turista" no sábado ou no domingo, talvez receba os dados para acesso apenas na segunda-feira. Pelo menos foi o que aconteceu conosco. Não sei afirmar a razão para isso, mas aparentemente é necessária uma ação humana ou manual – por parte do Telepeaje – que só é feita em dias úteis.

Para realizar o cadastro, basta clicar em "Pase Turista" no canto superior direito da tela

Após autenticar no aplicativo, a recarga pode ser feita com o cadastro de um cartão de crédito, e para isso, utilizamos o Wise com pesos uruguaios, o que funcionou muito bem. Entretanto, acredito que deve funcionar também com qualquer cartão de crédito internacional.

Tela de início do aplicativo

Os pedágios no Uruguai têm um preço médio de 156 pesos (UYU). No nosso caso, no trajeto entre Rio Branco e Punta del Este, passamos por um pedágio. Depois, entre Punta del Este e Montevideo foram dois pedágios. E por fim, entre Montevideo e Colonia del Sacramento foram mais dois pedágios. Ao ler a FAQ do Telepeaje, eles falam sobre a aquisição de uma tag – assim como dos pedágios brasileiros. Ao pesquisar, em artigos de outros blogs, li que a tag poderia ser adquirida diretamente nas praças de pedágio. Contudo, quando passamos por estes lugares, pareceram ser estilo self-service. Em algumas cabines, até existem pessoas dentro, mas as janelas ficam fechadas e eles não falam com a gente. Dessa forma, não adquirimos a tag, mas também não tivemos problemas com o reconhecimento sendo feito apenas pela placa do veículo. Embora que se tivéssemos a tag, é provável que poderíamos ter passado sempre pela cobrança automática (apesar que em um dos pedágios que passamos só havia a opção de cobrança automática e o Telepeaje funcionou normalmente!), mas a passagem pelas cabines de Telepeaje foi rápida e não enfrentamos filas. Sendo assim, acho desnecessário ter a tag.

Pedágio no Uruguai: Como esqueci de tirar uma foto, essa é do site Ámbito e retrata bem como são esses lugares

Vale lembrar que antes da viagem, li também que os pedágios no Uruguai não aceitam pagamento com dinheiro – o que faz todo o sentido, pois como falei, não há interação com os funcionários – mas apesar disso, aceitariam pagamento com cartão. Embora talvez tenha essa possibilidade, o Telepeaje funciona tão bem que não vale a pena arriscar.

sábado, 12 de julho de 2025

Sempre carregava um disquete estragado na mochila

Dias atrás eu lembrei de um fato curioso e engraçado da época da escola. Tinha um colega que faltava muito nas aulas e por isso quase nunca sabia sobre provas e trabalhos. Ele era muito inteligente e nas provas – mesmo quando pego de surpresa – conseguia se sair muito bem. Mas nos trabalhos ele não tinha muita saída. Precisava ter feito algo antes.

Você sabe o que é um disquete?

Como na época já havia a opção de entregar trabalhos digitados no computador, a estratégia dele era simples: tinha sempre um disquete estragado na mochila. Quando questionado sobre o trabalho, ele dizia que tinha salvo no disquete. Algumas vezes ele conseguia convencer os professores a levarem o disquete para terem acesso ao suposto trabalho – que obviamente não conseguiam abrir – porque o disquete não funcionava. Em outras ocasiões, ele dizia que precisava imprimir ou de alguma forma transmitir o arquivo, e quando os professores acompanhavam ele até o laboratório de informática ou até o computador da sala dos professores, claro que não abria coisa alguma com aquele disquete. 😅

P.S.: Para a galera da Gen Z, um disquete é um tipo de dispostivo de armazenamento, muito popular nas décadas de 80, 90 e início dos anos 2000. Os disquetes mais "modernos" de 3,5 polegadas tinham o poder de carregar até 1.44 MB de dados. 🧐

sexta-feira, 11 de julho de 2025

Era só formatar um pendrive

Era sábado de manhã. Eu ainda nem havia saído da cama quando a @bibspotter abriu a porta do quarto e disse: "Acho que fiz uma merdona no computador.". Ela explicou que espetou um pendrive na USB e queria formatá-lo, mas acidentalmente acabou formatando a partição de dados do notebook.

Dispostivos e unidades

Na época em que eu trabalhava como técnico em informática, já havia tentado – quase sempre de forma não muito bem-sucedida – a recuperação de arquivos em unidades e discos corrompidos. Não é um trabalho simples. Tanto é que existem empresas especializadas que fazem o serviço de recuperação de dados e cobram muito bem por isso. Os arquivos perdidos pela Bibs consistiam nos trabalhos de fotografia que ela estava editando. Felizmente ela tinha em outros locais – um deles o próprio cartão de memória da câmera que ainda não havia sido apagado – backup das fotos originais dos clientes. No entanto, todas as horas de edição que ela já havia dedicado – e que não eram poucas – além de vários outros trabalhos já concluídos – estavam na partição formatada. O software de edição Adobe Lightroom gravava seus catálogos de edição na unidade de dados do computador.

Foi quando iniciamos nossa saga em busca da recuperação dos arquivos. Ela parou de utilizar o computador imediatamente após ter cometido o erro. Sendo assim, desmontei a máquina e removi o SSD para executar o processo de recuperação em outro computador. Achei mais conveniente do que fazer na própria instalação do Windows que executou a formatação.

Porém, ainda não sabíamos qual software utilizar na tentativa de recuperação. Pesquisando um pouco, encontrei esse vídeo do canal MW Informática no YouTube com um ótimo comparativo entre os softwares de recuperação de dados, sendo eles pagos ou gratuitos. Fiquei preocupado porque nas análises feitas pelo Miguel – autor do vídeo – ele não conseguiu recuperar nada que estivesse em SSDs, mas apenas em HDs ou pendrives. Pelo que ele comenta no vídeo, a probabilidade de recuperar dados excluídos de um SSD é menor devido a um recurso do próprio Windows que "limpa" a área de armazenamento afetada. Entretanto, precisávamos tentar. Apesar de aparentemente simples – e gratuito – decidimos utilizar o Recuva. Pelo site não está sendo possível baixar o programa. Parece que ele fica redirecionando sempre para a mesma página. Mas a Bibs conseguiu encontrar e instalar pela Windows Store.

Recuva

Com o software funcionando, conectamos o SSD em um case externo e plugamos na USB do notebook alternativo. E mandamos o Recuva trabalhar. O tempo aproximado para finalização era de 15 horas. Logo de cara ele relatou que encontrou 25 arquivos. Ao longo do dia todo ficamos acompanhando o andamento que se arrastava. Já era de madrugada quando terminou. A Bibs acordou no meio da noite para conferir o resultado. Ao longo de todo o processo, nenhum arquivo mais tinha aparecido como encontrado. E para a nossa surpresa, ao finalizar, o resultado foi zero arquivos. Nada foi encontrado ou recuperado. Não sei o que houve ou mesmo o que eram os tais 25 arquivos que o Recuva disse ter achado no início da varredura.

Na manhã de domingo, conversamos sobre a situação. Eu estava pensando em tentar algum outro software de recuperação. Existem tantas alternativas, embora nenhuma seja garantida. No vídeo do Miguel há diversos comentários e relatos de pessoas que tiveram sucesso – não só com o Recuva – mas com outros softwares, embora também tenha pessoas que dizem não ter conseguido encontrar nada. Diante do cenário, decidimos aceitar que os arquivos estavam perdidos. A Bibs precisava trabalhar. Não poderia ficar esperando mais 15 horas por quem sabe o mesmo resultado. Coloquei o SSD de volta no computador original e mandei ligar. Mas quem disse que o Windows inicializou?

Naquele momento percebi que agora tínhamos outro problema. A instalação do Windows estava corrompida. Sinceramente, não entendi o que houve. O fato de ter colocado o SSD como disco externo em outro computador corrompeu o Windows. Minhas habilidades de técnico em informática estão enferrujadas. Não lembrava mais os comandos para reparação e nem sei se o que eu utilizava na época do Windows 7 funciona ainda para Windows 11, já que a reparação automática do sistema não funcionou. Pesquisei e encontrei alguns artigos sugerindo comandos como "sfc /scannow", "BOOTREC /FIXMBR", "BOOTREC /FIXBOOT" e BOOTREC /RebuildBcd. Executei cada um deles, mas nada disso funcionou.

Comandos para recuperação do Windows
 
Poderia ter continuado tentando alternativas, mas decidi não correr o risco de perder mais tempo e resolvi reinstalar todo o Windows. Começar literalmente do zero. E foi o que fizemos. Instalação "zerada" sem nenhum arquivo. Foi como se o computador tivesse sido tirado da caixa. E tudo isso só porque ela queria formatar um pendrive.

sábado, 25 de maio de 2024

Qual a diferença entre inteligência artificial e sistema computadorizado?

Dias atrás, meu pai me fez a pergunta que intitula essa postagem. E ele complementou questionando: "Existe mesmo diferença?". Eu respondi: "Sim, existe!". E comecei a explicar que um sistema computadorizado – como o nome já diz – é uma estrutura que roda dentro do computador, armazenando dados e permitindo que as informações sejam resgatadas e aceitem operações, que quando executadas, oferecem algum benefício ao usuário. Segui explicando – e diferenciando – que a inteligência artificial (IA)  busca "imitar" a cognição humana, e com isso, cria situações em que as pessoas podem interagir no computador como se estivessem trocando informações com outro indivíduo.

Meu pai trabalhou a vida toda no ramo automotivo. Ele ficou quase 40 anos em uma concessionária da marca Fiat. Por isso, muitas vezes, nossas conversas acabam sendo direcionadas para exemplos envolvendo esta época. Sendo assim, após a minha breve explicação, ele perguntou se o Fiatnet – o software que ele conheceu e trabalhou na época da concessionária, que fazia toda a gestão de vendas, pós-vendas, atendimento ao cliente, estoque de peças e administração – seria uma IA ou um sistema computadorizado.

Exemplo de Sistema Computadorizado

Eu disse que o Fiatnet seria um sistema computadorizado. Afinal, toda a vez que se desejava saber sobre o histórico de um veículo, como por exemplo – dados do proprietário, data da compra, última quilometragem registrada, revisões realizadas e próximas –, bastava fazer uma pesquisa no computador, utilizando dados como chassi ou placa. Comentei que todas essas informações estavam guardadas em um banco de dados e que as operações – no caso do exemplo, uma consulta – eram feitas a partir de um estímulo inicial (a entrada de um dado), seguido da navegação em telas, botões, campos e formulários do sistema.

Sistema computadorizado

Dito isso, meu pai lembrou que no passado, as informações eram armazenadas em fichas de papel e sempre que se desejava realizar uma pesquisa como a que comentei, era necessário se deslocar até um arquivo físico e buscar a pasta com os dados do cliente e seu veículo. Portanto, vi que ficou clara a ideia do sistema computadorizado, já que ele percebeu que antes do computador, as informações eram guardadas em documentos físicos, e que mais tarde, com o uso da máquina, os dados passaram a ser acessados digitalmente, por meio de um sistema computadorizado.

Exemplo de Inteligência Artificial

Por fim, meu pai perguntou: "E se o Fiatnet fosse uma IA, como seria?". Eu respondi que poderia funcionar da seguinte forma: "Ao invés de haver um formulário com um campo específico para inserir os dados do veículo – seguido de um botão de pesquisa –, poderia existir uma caixa de texto onde coloquialmente poderíamos escrever uma pergunta, relatando que gostaríamos de saber sobre o veículo com determinada placa ou chassi. A partir disso, receberíamos como resposta as informações desejadas, como se estivéssemos conversando com o computador.". Arrisquei a comentar que no exemplo citado, é como se a IA fosse um funcionário da empresa que tivesse todo o conhecimento necessário para o negócio funcionar. Desta forma, bastaria chegar até ele e fazer a pergunta certa para receber a resposta que precisássemos naquele momento.

Inteligência Artificial

IA vs. Sistema Computadorizado

Notavelmente satisfeito com a conversa, meu pai disse: "Então é mais fácil utilizar a inteligência artificial do que um sistema computadorizado!". Claramente concordei com a afirmação dele e complementei: "Um sistema computadorizado necessita que comandos sejam explicita e objetivamente inseridos para que a informação desejada seja extraída. E mesmo assim, algum esforço talvez tenha que ser feito pelo usuário, como sumarizar os dados obtidos a fim de encontrar de fato a resposta desejada.". E segui dizendo: "Já a inteligência artificial, funciona como se fosse uma pessoa – conhecedora de todas os dados e informações que desejamos obter – e para receber uma resposta, basta que façamos uma pergunta como se estivéssemos tendo uma conversa casual.".

Considerações

O objetivo dessa postagem não é uma análise aprofundada das tecnologias citadas, mas sim, uma forma simples e objetiva para diferenciá-las. Certamente a inteligência artificial não anula a necessidade de um sistema computadorizado e não cabe discutir isso aqui. Até porque, se a gente parar e analisar, não existiria IA sem um sistema computadorizado por trás. Mas isso é papo para outro momento, quem sabe. Entretanto, é importante lembrar que a capacidade e os cenários de atuação da IA vão muito além dos exemplos que mencionei ao longo do texto.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Dicas para projetar sistemas seguros

Achei bacana compartilhar e deixar registrado por aqui.

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Postado originalmente em The Cyber Security Hub (via LinkedIn)

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Sites para combater a desinformação

É muito triste tudo o que está acontecendo aqui no Rio Grande do Sul em virtude das enchentes decorrentes das fortes chuvas. O cenário é devastador. E com isso, muitas notícias estão surgindo a cada instante. Afinal, o cenário é de muita apreensão e incerteza.

True or False

E como se não bastasse toda a dor e sofrimento que o povo gaúcho está sentindo, infelizmente a desinformação e as fake news estão frequentes. Portanto, a seguir replico uma seleção de sites que podem apoiar no combate a desinformação, funcionando como mecanismos de consulta para desmentir ou confirmar o que se está falando por aí.

Além destes sites, vale lembrar que caso seja identificado uma notícia falsa e se deseje reportar, existe uma canal do governo que pode orientar sobre como prosseguir:

https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/como-denunciar-fake-news-1

Referência: Cartilha de Combate a Desinformação | Service IT

sábado, 11 de maio de 2024

ServiceNow em Desenhos

Para quem não sabe, sou instrutor de uma plataforma para automação de fluxos de trabalho chamada ServiceNow. Venho atuando nesta função há 2 anos e meio e neste período, já devo ter capacitado entre 700 a 800 pessoas.

Ao longo das minhas aulas, além de utilizar o material didático que preparamos, costumo também mostrar alguns desenhos, a fim de deixar a abordagem mais lúdica e sair um pouco do PPT/PDF. Normalmente utilizo estas ilustrações para revisar os conteúdos e reforçar o entendimento geral dos temas. A grande maioria deste materiais, eu faço antes das aulas e na hora somente mostro ao pessoal, eventualmente fazendo alguns rabiscos por cima. Se não fosse assim, eu perderia muito tempo desenhando, além de ter que refazer a "arte" a cada nova turma do mesmo curso.

Normalmente eu compartilho os desenhos com os participantes ao fim dos treinamentos. Entretanto, resolvi criar este post para deixá-los aqui também, para que se mais alguém tiver interesse, também possa coletá-los e utilizá-los nos seus estudos. Por sinal, além dos desenhos que eu utilizo nas aulas, também estou publicando aqui – em primeira mão – os que eu faço para estudo próprio em relação ao ServiceNow, seus produtos e aplicações.

Tentei organizar as imagens por assunto. Por exemplo, as que tratam de escopo de aplicação, seguem uma na sequência da outra, assim como, as que tratam de controle de acessos. Caso eu faça alguma atualização ou crie algo novo, farei o upload da nova versão e mencionarei no fim da postagem o que mudou.

Arquitetura

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Tabelas, Navegação e Interfaces

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Herança entre Tabelas

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Escopo de Aplicação

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Aplicação Escopada

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Construção de aplicação customizada

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App Engine Management Center

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Usuários, grupos e roles

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Autenticação e Gestão de Acessos

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Analogia de ACLs com prédio e salas

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ACLs: ".none, ".*" e ".field"

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Importação de Dados

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Definição de fluxo de trabalho

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Catálogo, Categoria e Item

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Catalog Builder, Service Catalog e SP

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Integrações

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Performance Analytics

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Customer Service Management (CSM)

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Security Operations

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Robotic Process Automation (RPA)

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Common Service Data Model (CSDM)

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Natural Language Understanding (NLU)

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Por enquanto é isso. Conforme eu fizer novos desenhos, seguirei atualizando esta postagem. Espero que de alguma forma você aproveite este conteúdo!

🧑🏽‍💻✌️

# Update 1 (20/11/2024): NLU

sexta-feira, 3 de maio de 2024

Do operário ao executivo: Todos usam Whatsapp

Somente no Brasil são 147 milhões de pessoas que utilizam o Whatsapp. Isso corresponde a mais de 96% dos usuários de internet no território brasileiro e faz com que nosso país seja o segundo colocado no ranking de uso do aplicativo, perdendo apenas para os indianos, que somam 390 milhões de usuários.

Usuários ativos mensais no Whatsapp

Há 15 anos – quando o Whatsapp surgiu – claramente nesta época e em alguns anos seguintes, até a sua popularização – as pessoas utilizavam outros meios para se comunicar. Posso dizer que tratando-se de mensagens de texto – via celular – as opções basicamente se limitavam ao SMS, quando a quantidade de torpedos, algumas vezes dependia do pacote contratado com a operadora. 

Pessoas com mais poder aquisitivo – executivos, por exemplo –, poderiam utilizar o BBM, um software de mensagens exclusivo para donos de Blackberry. Nesta época também já existia o iPhone, que tinha acesso a internet, mas acabava sendo uma realidade para poucos. Além disso, havia outros smartphones mais primitivos, porém, muito restritivos em termos de instalação de aplicativos e navegação.

Para enviar áudio, utilizando SMS não era possível. Em compensação, existia o Nextel, que funcionava como se fosse um walkie-talkie de longo alcance. Lembro de ser bastante comum ver muitas pessoas caminhando pela rua enquanto falavam nos seus radinhos em formato de telefone celular.

Bom, os anos se passaram e o resto é história. A popularização dos smartphones aconteceu, os planos de internet ficaram mais acessíveis e como percebemos no gráfico acima, praticamente todo cidadão com acesso à internet no Brasil utiliza Whatsapp. Não existe divisão, círculo social ou poder aquisitivo. É do operário até o executivo. Todos mandam áudio ou Whatsapp, trocam mensagens e fazem videochamadas. Por sinal, este último recurso, anos atrás, creio que muita gente nem imaginava que seria possível fora do computador – pois a tecnologia não estava pronta e não havia estímulo social para isso –, tanto que nem mesmo os primeiros iPhones tinham câmera frontal.

Hoje vivemos uma mistura de convergência com adesão tecnológica nunca vista antes. É maravilhoso e estranho ao mesmo tempo. Mas enfim, o passado evoluiu e é isso o que o presente nos mostra. Vamos aguardar os próximos 15 anos e ver se ainda seguiremos utilizando o Whatsapp como principal meio de comunicação ou se alguma outra tecnologia irá desbancá-lo, que como vimos, é algo comum na história.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Como funciona a restauração de um backup no Time Machine?

O Time Machine é um recurso do MacOS que permite você realizar um backup completo do seu computador e restaurá-lo em outra máquina ou mesmo em uma nova instalação do sistema operacional. OK, essa é a definição básica. Se quiser saber mais sobre o funcionamento desta feature, pode ler direto no suporte da Apple. Além disso, com uma rápida pesquisa no seu buscador favorito, também surgem vários artigos de blogs terceiros explicando em detalhes sobre o uso do recurso.

Beleza, mas se eu não vou falar sobre como utilizar o Time Machine, o que eu quero com este post, então? Meu objetivo é deixar registrado aqui – de forma direta e sem enrolação, baseado na minha experiência – o que abrange o backup e por consequência o que é restaurado quando se usa o Time Machine. Afinal, a dúvida que eu sempre tive – antes de realizar o processo na prática – é quanto ao nível de granularidade do backup. No caso, salva apenas os arquivos? Os aplicativos são automaticamente reinstalados? E as configurações do sistema, como ficam? Bom, agora posso responder que salva, reinstala e restaura literalmente TUDO.

Time Machine no MacOS

Recentemente reinstalei o MacOS no meu Macbook Air 2017 – tendo feito o backup com o Time Machine antes, é claro. E quando restaurei, tudo voltou ao seu lugar. Aplicativos instalados, arquivos e até as configurações do sistema. Para se ter ideia, eu normalmente utilizo a seta do mouse em um tamanho maior do que o normal e gosto de fazer o movimento no touchpad de cima para baixo para rolar uma página, o que é o contrário da configuração default. Quando restaurei meu backup, ambas as personalizações foram assumidas pela nova instalação. Vale mencionar que a minha reinstalação consistiu em sair do MacOS Big Sur e subir para o Sonoma.


Usar o Time Machine é como tomar banho, mas vestir as mesmas roupas 😅. Você vai estar limpo, mas irá continuar vestido igual estava antes de entrar no chuveiro 🥸. Como na analogia, existem prós e contras. Se suas roupas estiverem sujas, talvez o banho não seja muito eficaz. No entanto, pode ser que você queira aproveitar para usar mais um dia aquela sua bermuda. O mesmo acontece com uma instalação limpa do MacOS, que seguirá com um monte de tralhas que talvez não sejam mais necessárias, porém, quem sabe tudo esteja em ordem e você só precisava atualizar o sistema operacional mesmo.

Seleção de itens para restauração de backup

Bom, acho que é desnecessário dizer que fiquei satisfeito com o funcionamento do Time Machine. E para completar, fiquei mais surpreso ainda quando descobri que é possível restaurar um backup maior do que o disco de destino. Isso é possível, pois se pode selecionar qual tipo de conteúdo é desejado para restauração e o que não é necessário durante o processo.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Sabia que não é qualquer AirPod que suporta carregamento sem fio?

Comecei meu processo de entrada no mundo da Apple há algum tempo. Por consequência, minha aquisição mais recente foi um AirPods de 2ª geração. Cheguei em casa todo feliz, e logo depois de conectar ele no iPhone e depois no iPad para testar, fui até meu carregador sem fio e larguei ele na base. Nada aconteceu. Achei bem estranho, pois tinha certeza absoluta de que seria possível recarregar o estojo – tanto faz se com os fones dentro ou não – utilizando a tecnologia MagSafe. Porém, nada feito. 

Como eu pensei que pudesse estar com algum problema no carregamento, conectei no carregador de tomada utilizando o cabo Lightning e não identifiquei nenhuma luz indicando que a carga estava em andamento. Pelo que eu já havia visto em fotos, deveria haver um LED na parte frontal do estojo, mas nada acendeu. Então, eu já estava concluindo que havia recebido uma unidade com problemas, quando percebi, ao conectar novamente no iPhone, que o percentual da bateria do estojo havia aumentado em relação há alguns minutos, na primeira vez em que fiz a conexão. Sendo assim, percebi que não havia problemas com o mecanismo carga.

Contudo, ainda estava intrigado com a ausência do LED externo, que deveria indicar o status de carregamento. Além, é claro, de não ter conseguido recarregar utilizando minha estação de carregamento.

Comecei a pesquisar, e descobri que existem estojos de carregamento compatíveis com MagSafe (para carga sem fio), assim como existem estojos que só carregam pelo cabo Lightning. Eu comprei na iPlace, mas fui olhar no site da Apple e em relação aos AirPods de 2ª geração, não há a opção de comprá-los já com o estojo para carregamento sem fio.

AirPods de 2ª geração no site da Apple

Quando se trata dos AirPods de 3ª geração, aí eles até oferecem a alternativa de já comprar com o estojo compatível com MagSafe.

AirPods de 3ª geração no site da Apple

Para quem comprar os AirPods de 2ª geração, eles também oferecem o estojo de carregamento sem fio para venda de forma separada.

Estojo MagSafe para AirPods

E quanto ao LED indicador de carregamento, pelo que identifiquei, realmente o estojo não possui uma sinalização externa. Há apenas um LED interno, que quando a tampa é aberta e tem carga, fica na cor verde, e ainda com a tampa aberta, mas com o estojo conectado na carga, o LED muda de cor, ficando vermelho. Sendo assim, este LED serve para luz indicativa de carga. Caso o estojo fosse o modelo compatível com MagSafe, haveria um LED externo.

LED indicador estojo carregamento AirPods de 2ª geração

Na foto da esquerda, mostro um Samsung Galaxy Buds 2 (que custa quase metade do valor dos AirPods e que o estojo de carregamento é compatível com a tecnologia sem fio). Na direita, mostro a tentativa de carregar o AirPods de 2ª geração, antes de saber que existem dois tipos de estojo: MagSafe ou apenas Lightning.

Confesso que me senti frustrado com a situação. Eu sei, foi culpa minha. Eu deveria ter pesquisado antes. Admito também que o carregamento sem fio é um detalhe muito insignificante. Entretanto, eu queria esta possibilidade e um fone de qualidade (que não fosse intra-auricular, pois nunca me acostumei com estes modelos). Não tenho dúvidas de que comprei um bom fone, porém, vou ficar sem o carregamento sem fio. Não vou gastar o preço que a Apple pede por um estojo MagSafe separado.

P.S.: Depois de toda a descoberta, entendi porque em muitos anúncios – como o caso da iPlace, onde comprei os fones – enfatizam o carregamento Lightning. Só não deixam claro que é apenas Lightning. Provavelmente esperam que quem está comprando saiba que este é o padrão, e se não fala de MagSafe, é porque não tem.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Cinco mitos e verdades sobre fotógrafos

No ano retrasado (2022), minha esposa decidiu fazer um curso de fotografia – pois é algo que ela sempre gostou e de certa forma já fazia como hobby – mas desde então ela vem investindo esforços para empreender no ramo. Eu tenho observado de perto todo o esforço e dedicação dela, levando em conta que não é uma jornada fácil, e justamente por isso, gostaria de trazer cinco possíveis mitos sobre fotógrafos – que normalmente pessoas leigas como eu, antes de acompanhar um pouco mais de perto estes profissionais –, talvez acabem acreditando por desconhecer do assunto.

1. Ninguém com um celular irá substituir um fotógrafo

Tenho a impressão de que muita gente acha que contratar um fotógrafo não compensa – financeiramente falando. Até porque, os celulares de hoje em dia, já possuem câmeras tão avançadas que são capazes de tirar fotos excelentes. Sobre a qualidade das câmeras dos celulares, sim, isso é fato. Comparado ao que tínhamos 10 ou 15 anos atrás, quando os celulares com câmera estavam ganhando mais maturidade, atualmente temos combinações de hardware e software muito mais potentes e que fazem um belo trabalho com o registro de fotos.

Câmera de celular | Unsplash

Entretanto, imagine a situação: alguém decide fazer uma festa de aniversário para seu filho e para economizar, pede a algum parente ou amigo para registrar as fotos utilizando um celular – que seja um iPhone, para nivelar a qualidade da câmera bem para cima. Agora surgem os questionamentos: (1) Será que essa pessoa que ficou responsável pelas fotos irá conseguir capturar os momentos certos? (2) Será que as fotos terão um bom enquadramento? (3) Será que estará sendo levado em consideração a iluminação do ambiente? (4) Será que a pessoa irá saber lidar com a abordagem certa de direção (ex. cuidar para que quem está sendo fotografado esteja sorrindo, com olhar atento para a câmera, bem posicionados, sem objetos desnecessários ou que não façam parte da decoração aparecendo). (5) Haverá curadoria e edição posterior das fotos com entrega em alta qualidade?

O exemplo acima foi de um aniversário, porém, poderia ser qualquer outro evento ou até mesmo um ensaio personalizado, como ainda, um ensaio de Natal, ensaio de gestante, ensaio de casamento, ensaio corporativo e por aí vai. 

O fato é que uma pessoa com um celular – por melhor que seja a sua câmera – não terá os mesmos cuidados que um fotógrafo. Acredite!

2. A câmera do fotógrafo não faz todo o trabalho sozinha

Já ouvi pessoas mencionando a seguinte frase: "Com uma câmera dessas não tem como a foto ficar ruim!". Na verdade, tem sim. Fotógrafos utilizam suas câmeras sempre no "modo manual". O que quer dizer que eles preferem ter o domínio pleno das configurações para registrar uma foto. Fazem ajuste de velocidade, abertura da lente, dentre várias outras coisas, tudo manualmente. Não gostam e nem mesmo são orientados nos cursos de capacitação que fazem a utilizar suas câmeras no "modo automático". Mas por quê? Porque fotografia é uma arte e como todo artista, os fotógrafos querem que suas criações sejam exclusivas, não permitindo que a câmera controle o que eles devem controlar.

Além disso, fora o trabalho da câmera, há também muita técnica envolvida, que vai desde a capacidade de capturar o momento certo até questões de enquadramento, olhar e direção.

Sendo assim, alguém que não sabe utilizar uma câmera – por melhor que ela seja – e que não tenha as habilidades de um fotógrafo, não fará fotos boas com este tipo de equipamento.

3. Ter apenas a câmera como equipamento não é suficiente

Qualquer equipamento de fotografia é algo muito caro e ter apenas a câmera não é o suficiente. Após adquirir a câmera, o fotógrafo precisa investir em diferentes opções de lentes para substituí-las na sua câmera (cada lente tem um uso específico, sendo algumas recomendadas apenas para ambientes internos e outras para utilizar durante a noite, por exemplo). Em adição a isso, há o equipamento de iluminação, como flashes e softboxes, ilha de edição (ex.: um computador com configuração específica para tratamento de imagens, um monitor externo de conferência das imagens com a tecnologia IPS e pacote de licenças para os softwares de edição), artigos diversos para uso nos ensaios (ex.: fundo fotográfico, peças decorativas, roupas e acessórios), contratação de cursos e workshops para capacitação constante – todo o bom fotógrafo precisa se manter em constante evolução e isso também tem um preço – e a contração de serviços de hospedagem, para um site ou portal onde os clientes poderão fazer a escolha e a coleta das suas fotos.

Equipamentos de Fotografia | Unsplash

Apesar da intenção neste ponto não ser chamar a atenção para o preço do serviço profissional de um fotógrafo, compensa lembrar que no valor passado em um orçamento está sendo levado tudo isso em conta. Afinal, muito investimento é feito – constantemente –, por isso, apesar do preço variar conforme o fotógrafo entenda que seu trabalho vale, certamente está levando em consideração todo o custo operacional ao informar o valor final para um cliente.

4. O trabalho do fotógrafo não acaba no evento

Depois da cobertura do evento, quando o fotógrafo registrou todos os momentos possíveis com fotos, seu trabalho não acabou. Quando ele chega em casa, a primeira coisa que faz é descarregar no computador todas as imagens salvas no cartão de memória da sua câmera. E a partir daí há uma etapa que pode levar dias – dependendo do tempo disponível para se dedicar a isso –, que consiste na seleção das fotos, tratamento e entrega para o cliente. Muitos ajustes são feitos na hora da edição, já que por mais que se tente controlar vários fatores no momento do registro, sempre há algo a ser corrigido ou aprimorado. E este trabalho é feito foto por foto.

Edição de Imagem | Unsplash

Por mais que se possa contar com o auxílio de recursos de inteligência artificial ou mesmo "presets", que são templates de configuração aplicáveis nas fotos, de qualquer maneira, cada foto é única e não é possível generalizar todos os ajustes a serem realizados.

5. Não são apenas fotógrafos famosos que fazem boas fotos

Pode ser comum as pessoas pensarem: "OK, vamos investir em um fotógrafo profissional, mas tem que ser um bom! De preferência, aquele(a) famoso(a), que tem milhares de seguidores nas redes sociais e uma agenda superconcorrida.". É evidente que quando se está pagando, deseja-se uma entrega de qualidade. E sim, fotógrafos mais experientes e mais conhecidos, normalmente cobram mais que fotógrafos menos conhecidos. Contudo, fotógrafos são artistas. Nenhum será igual ao outro. Cada um tem a sua abordagem e o seu estilo. Portanto, um fotógrafo menos famoso é tão competente quanto um mais famoso, e vale a pena sim considerá-lo nas opções para contratação.

Considerações

Gostaria de lembrar que quando o assunto é fotografia, eu sou leigo. Como disse no início do post, minha esposa é quem está iniciando sua trajetória no ramo e tudo que descrevi acima é baseado no que eu tenho observado em relação ao trabalho dela. Estou incentivado bastante ela e ajudado como posso nessa empreitada.

Alguns trabalhos onde acompanhei a Bianca

Como já mencionei, acredito que fotografar é uma arte, como desenhar ou pintar um quadro. Não é qualquer um que faz. Por mais que a pessoa tenha acesso a uma tela em branco, se ela não sabe desenhar ou pintar, não fará algo bonito. Creio que fotografar é assim. É um dom. Se a pessoa que o possuir tiver acesso as ferramentas certas, certamente irá registrar lindas fotos e seu trabalho vai brilhar.

Se você se interessou e desejar conhecer o portfólio de trabalhos que minha esposa está construindo, poderá encontrá-lo em www.biancalemosfotografia.com.br.

sábado, 17 de fevereiro de 2024

As 4 Revoluções Industriais

Há algum tempo, eu tinha pensado em escrever um artigo por aqui falando sobre a 4ª Revolução Industrial – ou Revolução Industrial 4.0, também chamada de Indústria 4.0 –, que trata-se do momento atual da indústria, com a chegada de diferentes tecnologias, como inteligência artificial, computação em nuvem, internet das coisas e aumento na maturidade nos controles e automações de processos. Até já havia separado algumas referências para isso, mas no fim, acabou passando a motivação e não produzi. Talvez um dia ainda escreva, pois é um assunto do meu interesse.

Entretanto, dias atrás eu resolvi pesquisar sobre Revolução Industrial e cheguei em um texto bastante simples, mas bem objetivo. A partir disso, pensei que seria bacana fazer um desenho dessa evolução, trazendo os principais períodos e pontos chave do tema.

As 4 Revoluções Industriais

Eu não consigo pensar em Revolução Industrial sem associar mentalmente a imagem de pessoas quebrando máquinas 😅. É engraçado e triste ao mesmo tempo. Mudanças podem causar aversão e revolta, mas fazem parte da evolução natural da tecnologia. Contudo, o que me deixa intrigado é imaginar qual será a 5ª Revolução do próximo século 🧐?

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Quando conectar o computador na internet era uma opção

Não que hoje deixe de ser – continua sendo uma opção utilizar um computador desconectado da internet –, mas o que a gente consegue (ou quer fazer) sem internet?


O ano era 2002 quando ganhei meu primeiro computador. Era de segunda mão. Um vizinho estava trocando o dele e vendeu o antigo para meus pais. Logo que compramos, meu pai perguntou se eu queria instalar internet e eu lembro que no auge dos meus 11 anos de idade, eu disse: "Não. Deixa eu aprender a utilizar o computador primeiro para depois ir para a internet.". Mas se não tinha internet, o que eu fazia com o computador?

  • Utilizando o Word, escrevi umas 12 páginas do que supostamente seria um livro de RPG, além de diversos outros pequenos textos aleatórios. Também digitava os trabalhos de escola, fazendo as pesquisas em livros.
  • No Paint, passava horas desenhando.
  • Utilizando o gravador do Windows, fazia narrações e depois ouvia usando o Winamp.
  • Jogava Campo Minado, Paciência, Pinball, dentre outros jogos terceiros, como Daytona Deluxe e POD: Planet of Death.
  • Ficava trocando os temas do Windows, o protetor de tela e o plano de fundo.

Computador com Windows 98 | Reddit

Bons tempos!


No ano seguinte, instalamos uma linha discada. Eu mal sabia abrir o Internet Explorer do Windows 98 e digitar um endereço na barra de pesquisas para acessar um site. Aos poucos fui aprendendo com pessoas e amigos que sabiam obviamente mais do que eu. Claro que mesmo com a internet instalada, nesta época, era um recurso apenas para o fim de semana, pois tratava-se de algo caro e que dependia da linha de telefone estar desocupada para utilizar. Portanto, ainda era mais comum utilizar o computador desconectado do que com internet.

Alguns anos mais tarde, quando eu já tinha meu segundo computador, meu pai aceitou instalar internet banda larga. Isso era lá em 2007. Quando fui à loja comprar um modem, o vendedor me ofereceu um modelo básico e que tinha um botão atrás para desligá-lo. Lembro que ele ainda comentou: "Caso você quiser só utilizar o computador sem internet, pode usar este botão.".

Meu primeiro modem ADSL | Redetronic

Em 2007, internet já era muito mais comum do que há 5 anos antes, com meu primeiro PC. Porém, veja que mesmo neste período, alguém ainda poderia pensar em não a utilizar.

Contudo, o que é possível fazer hoje em dia sem estar conectado na internet? 

Talvez o mesmo que fazíamos há 20 anos. Escrever, ler (desde que sejam textos salvos localmente), desenhar, jogar (contanto que sejam jogos offline), assistir vídeos ou ouvir músicas (desde que sejam mídias baixadas). Mas convenhamos: será que alguém – em pleno 2024 – liga o computador na expectativa de utilizá-lo sem conectar-se à internet? Tudo o que queremos fazer já é com a intenção de navegar. Parece que se perde totalmente o sentido estar com o notebook na mesa sem conexão com a internet. Trabalhamos com e para a internet. É como se não houvesse opção, mesmo sabendo que há.